segunda-feira, 5 de novembro de 2012

3 anos que parecem décadas!

Chega uma hora na vida (Foda-seQueEuTenhoSó17AnosENãoViviPorraNenhumaPorqueEuViviSim!Cacete) que a gente começa a olhar pra trás e as lembranças começam a correr atrás pra nos alcançar. Hoje, depois de eu terminar a segunda prova do ENEM, isso ficou ainda mais claro pra mim.
Tipo, parando pra pensar, parece que foi ontem que eu me formei na oitava série, parece que foi ontem que eu tava entrando no primeiro ano, que eu tava começando a conhecer de verdade aqueles que vão estar comigo pra sempre, e na realidade, não foi ontem que isso tudo aconteceu, na verdade, é quase "amanhã" que eu já vou estar me formando no Ensino Médio e encerrando um dos ciclos mais importantes da vida.
Parando pra lembrar, eu começo a pensar no meu primeiro ano, a minha 106, aquele estranho perdido dentro uma sala com 30 desconhecidos, 6 conhecidos, no qual é "intimo" apenas de 1. Penso naquela turma unida, na qual pequenos grupos se conheciam, mas em questão de semanas, todo mundo já falava com todo mundo como se se conhecesse há anos. Eu lembro das tardes que eu passei com uma pessoa chamada Francesca Araújo Monti, realmente foram muitas tardes juntos, falando besteira, fazendo e acontecendo no meio da rua, se embebedando com Coca e sofrendo overdoses de Doritos e de vez em quando pizza do Vancosty. Me lembro de quando um simples "sogro" vindo da ruiva que compõe o Circo, Vanessa Redel Dalberto, mudou a trajetória de toda uma série de apelidos que será levada eternamente em termos como "pai", "mano", "neto", "filha", "filho" e até mesmo o famoso "sogro" e a "nora". Me lembro das manhãs mescladas em três turmas diferente no nosso intervalo, com os meus queridos Rafael Pedrozo, Vanessa Redel, Francine Oliveira e Carolina Maciel. Me lembro de quando fomos devidamente apresentados, não formalmente como pai e filho, mesmo que eu já soubesse das futuras alcunhas: Maurício Oliveira, juntamente com o vizinho Jonatan Elias. Me lembro de quando dois "All Star's" pretos, iniciariam um vínculo de amizade  que se tornou uma relação de paternidade real, na qual o "pai" em questão, cuida da filha como se fosse verdade e não apenas uma brincadeira, né Amanda Camargo. Lembro de quantas vezes chamamos um ser chamado Eric Machado pra sair de tarde e ele não podia porque era um rapaz trabalhador. Lembro também daquela bendita Educação Física sr Cristian Souza, na qual estaria conhecendo aquele que, mesmo que tudo indicasse o contrário, viria a se tornar o meu melhor amigo. Lembro também da luta que foi, mas que graças a Deus foi vencida, que foi juntar um certo casal que atualmente não se desgruda, né Maurício Oliveira e Vanessa Redel, respectivamente, filho e nora. Enfim, foi um verdadeiro ótimo início.
Então veio o segundo ano, a nossa 206, os pinguins. No ano anterior até tentaram separar a turma, mas no ano seguinte, lá estávamos nós, a antiga 106 junta na nova 206, mas não era a mesma coisa. Não existia aquela relação de coleguismo, um ajudando o outro, mas sim um certo tipo de "guerra" dentro da sala, a ponto de discutirmos todos entre si por causa de uma buchinha de papel que havia sido jogada, talvez, do outro lado da escola. Me lembro de quando eu chegava na escola de manhã e tinha dois pensamentos, o primeiro era: "E lá vou eu ter que ir para aquela maldita turma!", o outro era um pouco mais otimista, mais feliz: "Pinguins, lá vamos nós!". Apesar de todas as discussões que tivemos com os outros, nós quatro nos mantemos sempre unidos, verdadeiros pinguins, que escolhem um parceiro pra vida toda e ficam, nós fomos meio tarados, escolhemos três cada um de uma vez. E foram nesses momentos de quase "limite", que o "polígrafo da insolência" chegou, e com ele, mais um ponto de paz dentro daquele inferno. Mas nem tudo são rosas, e chegou a maldita feira cultural e o maldito jornal. Eu nunca vi um trabalho escolar gerar tanta discussão, nesses dias sim, o pensamento que predominava era o ódio, a lembrança que tomava conta era "E lá vou eu praquela maldita sala, olhar pra cara daqueles malditos desgraçados!", parece rude eu escrever isso, mas o pensamento era exatamente esse, até que o jornal finalmente saiu, e por incrível que pareça, saiu bom, pois o trabalho que era pra ser por 36, foi por no máximo 10, e com ênfase em 4, nós, pinguins (SePareceQueEuToMeAchandoFoda-seNesseAssuntoEuMeAchoMesmoPorqueFomosNÓSQueFizemosAquelaMerdaSerPublicada), e então volta à tona o assunto de separar a turma, e ao invés de assumir a posição recruta, tomo a frente e assumo a liderança, falo pelo grupo e peço pra trocar de turma, tanto eu quanto os meus queridos pinguins, e foi ai que começou o meu trabalho como "base", que até hoje eu fico honrado e com medo de exercer. Pelo menos, em meio à tudo isso, teve o SENAC, onde encontrei aquele espelho da minha 106, aquela turma que eu sentia tanta falta, tudo isso refletido na minha 2065, que diferentemente da 106, era verdadeiro, quem realmente não se gostava, falava na cara, e quem gostava, gostava de verdade.
E no ano seguinte, em suma, o atual, é ano de mudança, vida nova, os pinguins, um pra cada lado. 303, aquela turma na qual me joguei de cabeça, em questão de semanas já havia conhecido outro elemento que quero levar pra sempre na minha vida, o famoso Mister Miojo: Bruno Campos! Cara, em tão pouco tempo a gente viveu tanta coisa, de forma tão intensa, em casos, até mais intenso do que pessoas que convivo à muito mais tempo. Tu me abriu a mente tchê, e não foi do jeito normal (Sim,ÉPraMaliciarSaporra), mas como parece que nada tende a ficar muito tempo indo bem na minha vida, começam os problemas, o principal problema de ser amigo de muita gente, é que tu provavelmente terá um amigo que odeia uma pessoa, e essa pessoa corre o grande risco de fazer parte do teu circulo de amigos, como aconteceu algumas vezes, e em casos assim, mesmo que tu não queira, pelo simples fato de ser "base" entre os dois, tu te envolve na porra da discussão, e se estressa com os dois e fica com vontade de mandar os dois lá para aquela velha amiga, a famosa "Puta Que Pariu", foi assim com o Cristian Souza e com a Amanda Camargo, mesmo que os dois não se odiassem. Mas enfim, começam a surgir problemas de todos os lados, e como eu infelizmente, já havia assumido, inconscientemente, a função de "base" ou "líder", chamem como quiser, pelo simples fato de ser a "ponte de ligação" de um grupo com o outro, tu começa a participar dos conflitos, tu começa a te estressar com todo mundo, até com quem não tem culpa, e o pior de tudo, tu começa a te preocupar tanto em ajudar os outros, que apresentam tantos problemas constantes pra ti, que tu fica sem muita opção pra expor os teus, nesse ponto eu sou obrigado a agradecer quase que exclusivamente à minha mais antiga membro do corpo de amizades, Francine Oliveira, que deve ter passado por situações parecidas com as que eu passei, por poucos momentos, a sensação de segurar a barra do mundo nas mãos, pois ao contar os meus problemas, era necessário expor as causas, e bom, a causa de vários já foi exposta, mas também era dela aquela palavra amiga na hora certa nos problemas em casa, com parentes, e principalmente com vó e dinda. Até problemas com direção escolar eu tive, ao ter de me segurar pra não dar uma cadeirada na vice-diretora da escola pela incompetência de não poder realizar uma simples troca de turma o ver uma aluna muito especial, Amanda Camargo, chorando, praticamente submersa em lágrimas. Será que alguém imagina a dor de ver alguém que tu chama de "filha" chorar, será que alguém imagina a dor de ver aquela que ocupa o cargo de melhor amiga na tua vida, chorando na tua frente, te pedindo ajuda, e o máximo que tu pode fazer é esperar terminar o trimestre pra ouvir um não do corpo docente sobre o assunto de troca de turma, numa tentativa falha de reunir os pinguins novamente. Com certeza quem está lendo isso, não sabe, nem imagina e eu espero que nem chegue perto de imaginar, como é grande essa dor, a dor da fraqueza, e pior que se sentir, é manter uma imagem forte, pois é disso que alguém precisa numa situação dessas, alguém mais forte que tu pra poder usar de base de apoio. Foi uma dor, não digo tão forte quanto mas muito forte também, semelhante à quando eu perdi o meu avô há cinco anos. Mas como nem tudo são rosas, também não podem ser espinhos né: Veio a proposta de efetivação no emprego, era a chance que eu precisava, pois eu já atuava numa área que eu gosto e pretendo me desenvolver, e com essa efetivação, vem o motivo que faltava pra eu conseguir trocar da 303, que apesar de não ter culpa total no mal-estar da época, fazia parte da sensação ruim. E foi assim que, em julho de 2012, eu troquei de turno, sendo que a efetivação veio apenas em outubro. Mostrando assim eu acho que dá pra entender o quão mal eu me sentia na 303, mas foi passando para o turno da noite, no meu novo início, numa turma enumerada 306, que eu descobri que não era a 303 que me fazia o pior mal, mas sim o turno da manhã. Passando pra noite eu não abandonei ninguém, mas o contato físico ficou menor, obviamente, mas foi assim que eu percebi que a sobrecarga de responsabilidade com os outros no turno da manhã estava me fazendo mal, e como um líder diz "vamos" ao invés de "vai", eu não podia simplesmente ouvir sem fazer nada, e isso estava me fazendo mal, estava me sobrecarregando. Eu continuei desempenhando a função, indiretamente, mas eu me senti melhor, apesar da saudade ser muito forte, de passar as manhãs feito uma criança retardada, mas em seguida veio aquele que eu posso considerar o melhor momento da minha vida, o Show do Evanescence (ClaroQueNãoPodiaFaltarEsseAqui), e aquele garoto ligeiro, que conquista os outros em minutos, tava lá comigo, junto com o Rafael Pedrozo e a Julia Amaral, sim, eu to falando do Bruno Campos, ele viveu comigo a sensação de ver My Immortal ao vivo, a estreia de uma música completamente inédita, não estou desvalorizando nenhum dos dois que estavam junto nem nada. E foi a partir que tudo voltou a dar certo, essa coisa de fim de ano mexe com as pessoas, elas começam a pensar antes de falar e fazer certas coisas.
É com esse pensamento de alívio, que eu olho pra trás e vejo tudo isso, e rio como se tivesse acontecido há muito tempo e estarão guardadas em um lugar especial, no qual só eu tenho acesso, mas vocês fazem parte do conteúdo, o meu coração grande de Pai!
Só tenho a agradecer a vocês, pois é culpa de vocês eu ter uma vida tão boa a ponto de querer reencarnar nela mesma novamente, sem adicionar nem tirar detalhe nenhum!